O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, considera que o concelho vive uma conjuntura positiva com o aumento da oferta de ensino superior da qual resultará a fixação de mais população. “Este é um momento particularmente relevante para o concelho”, afirmou o autarca na sessão solene de receção aos mais de 200 alunos do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), em Famalicão, na passada quinta-feira.
O IPCA ocupa, agora, parte das instalações do Centro de Investigação, Inovação e Ensino Superior (CIIES), criado pelo município na estrutura da Didáxis S. Cosme. Paulo Cunha salientou os projetos que ali vão ser alavancados no futuro, na mesma cerimónia que contou com a presidente do IPCA, Maria José Fernandes, e com o responsável local do instituto, Filipe Chaves.
O presidente da Câmara Municipal atestou que a presidente do IPCA está “a cumprir um dos principais desígnios que assumiu no início do seu mandato” e que havia no concelho “uma clara lacuna no ensino superior” que com a presença do IPCA está em vias de ser superada.
Paulo Cunha não esqueceu que Vila Nova de Famalicão “tem vários projetos de formação” ao nível superior e como são estratégicos para o concelho “atrair e reter alunos”.
“Somos um concelho ambicioso”, declarou o presidente da autarquia apontando a “marca industrial forte” de Vila Nova de Famalicão. Contudo, alerta que isso “obriga” a que o território tenha “de dar resposta” à necessidade de mão-de-obra qualificada. Aliás, há investimentos e projetos que as empresas estão preparadas para realizar e que só não o fazem, “não porque não têm recursos financeiros para tal, mas pela escassez de mão-de-obra adequada”.
Para os cerca de 200 novos alunos, Paulo Cunha deu as boas-vindas apontando-lhes que estão agora “num concelho que tem um dos melhores índices de empregabilidade” e que, terminada a sua formação, “a expetativa de empregabilidade é alta”.
Paulo Cunha disse que “muito mais do que trazer alunos”, o concelho tem a “ambição de criar recursos humanos para as empresas e fixar população”. A par desta realidade, o edil afirmou que Vila Nova de Famalicão tem uma oferta cultural, social e desportiva capaz de atrair as pessoas. “Já somos um dos maiores concelhos em Portugal mas queremos crescer mais”, declarou, desejando que os alunos de fora vejam Famalicão como o seu “território de eleição”.
A presidente do IPCA, Maria José Fernandes, frisou que se orgulha de ver a sua instituição “em pleno” num concelho como Vila Nova de Famalicão, com as suas “características”, cumprindo “a missão que lhe cabe”.
Agradecendo o apoio da autarquia – nomeadamente na preparação do campus Didáxis de S. Cosme – na instalação do polo do IPCA, Maria José Fernandes compromete-se em que o instituto contribua “não só para permitir que mais estudantes possam aceder ao ensino superior, mas também para permitir às empresas terem pessoas mais qualificadas e, dessa forma, estarem melhor preparadas para aumentar o desenvolvimento regional e nacional”.
A pensar neste desígnio e porque 100 por cento das vagas disponibilizadas para este ano letivo foram preenchidas, a presidente do instituto avançou que, já no próximo ano, a oferta “vai duplicar” e que “num horizonte de cinco ano” as vagas poderão crescer até às “600 ou 700”.