“Signos artísticos em metamorfoses activas, composições de potências-artistas, diferenças que se reconstroem com diferenças, pontos de vista que exaltam o pensamento impensável”. São assim as Raias poéticas que este ano se realizam de 23 a 25 de maio, em Vila Nova de Famalicão, com curadoria de Luís Serguilha e a presença de 35 académicos, ensaístas, escritores, críticos, artistas, poetas oriundos de diversas geografias ibero-afro-americanas. Dezoito dos convidados são pesquisadores em várias universidades ibero afro americanas que se conectarão às experimentações artísticas-poéticas de outros(as) poetas.
A 8.ª edição das Raias intensificará “os entrecruzamentos de vários ritmos artísticos dentro de estilizações conceptuais: dança, teatro, artes plásticas, literatura se misturarão, se atravessarão por meio de afectologias em variação, de problematizações vitalistas, de topologias intempestivas, construindo transgeografias aformais”, explica Luís Serguilha.
Destaque para as presenças de Paulo Guilherme Domenech Oneto, filósofo e Professor da UFRJ, - Universidade Federal do Rio de Janeiro e Birkbeck, University of London, de Leonardo Maia, investigador, Professor na UFRJ e na Universidade de Paris, um dos mais instigantes pesquisadores dos processos criativos-cinematográficos de Pier Paolo Pasolini, Ana Vitória, coreógrafa, bailarina, professora universitária na Angel Vianna, no Brasil e pesquisadora na Universidade Nova de Lisboa, Hélia Borges, psicanalista, pesquisadora e professora universitária na Angel Vianna, no Brasil, e de Alcimar Souza Lima, psiquiatra, escritor e professor no Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo.
Luís Serguilha diz que as Raias Poéticas “não fazem parte dos festivais, não têm biografias, nem pertencem ao historicismo, não são competições, não há pódios, nem modelos, nem estruturas lógicas, são pontos de vista que exaltam o pensamento impensável”. São, diz, “acontecimentos do acontecimento”.